





A notícia de que Zé Felipe quer comprar uma casa no mesmo condomínio da ex-esposa Virgínia Fonseca ganhou repercussão nas redes e gerou um novo debate que já está chegando à TV: é possível conviver tão perto do ex sem gerar conflitos? 561g59
Para responder à pergunta que muitos casais separados — famosos ou não — se fazem, a síndica profissional e especialista em gestão condominial Juliana Moreira explica ao Purepeople que a escolha pode funcionar, sim, principalmente quando há filhos envolvidos. Mas alerta: a chave está na maturidade emocional e no respeito às regras de convivência.
“Morar perto da família pode ser uma solução funcional, especialmente em situações de guarda compartilhada ou apoio mútuo. Mas sem uma estrutura clara de convivência, isso pode gerar atritos e confusões”, afirma Juliana.
Segundo a especialista, a tendência de manter a proximidade entre ex-companheiros tem crescido em condomínios horizontais de alto padrão, mas requer planejamento.
“Nem sempre estar perto é sinônimo de estar bem. Em situações sensíveis, como separações, é preciso ter maturidade emocional para lidar com a proximidade física e garantir que isso beneficie principalmente os filhos", afirma.
Ela ressalta que regras internas não mudam por laços familiares: “Ser ex-marido, pai dos filhos ou parente direto não dá privilégios dentro do condomínio. Cada unidade tem sua responsabilidade e deve seguir normas como controle de visitas, horários de silêncio, entre outros".
Outro ponto essencial é definir limites desde o início. “É essencial que haja uma conversa franca entre as partes. O que é permitido? Pode entrar sem avisar? Vai haver rotina de apoio com as crianças? Sem isso, a convivência vira terreno fértil para conflitos", acrescenta.
A comunicação também precisa ser tratada com atenção: “Evite mal-entendidos com diálogo constante e respeitoso. Mesmo com afeto e boa intenção, a falta de clareza pode gerar incômodo, especialmente quando existe um histórico emocional recente entre os envolvidos".
Por fim, ela destaca que a maior vantagem da proximidade é a praticidade, desde que haja respeito mútuo.
“Morar perto facilita a divisão de tarefas com os filhos, o apoio em emergências e até questões logísticas, como transporte. Mas é preciso respeitar o espaço individual para que essa conveniência não vire invasão.”
No caso de Zé e Virgínia, Juliana acredita que o cenário pode ser positivo se ambos tiverem clareza sobre os papéis e limites. “É possível transformar a proximidade em algo positivo, desde que cada um saiba o seu lugar e os papéis estejam bem definidos. No fim, o condomínio é um espaço coletivo que exige empatia e responsabilidade, como qualquer outra comunidade", completa.